Sei lá...

Um dia olhei para os lados e me senti só, não sem amigos, família...me senti só da minha vida, das minhas coisas, de tudo que sempre me acompanhou.

Aquele livrinho da sorte que sempre estava na mochila, aquele discman, os CDs, até mesmo aquela mochila velha que me acompanhava todos os dias, os amigos na escola, a escola que era chata, mas me divertia. Coisas simples, um pouco idiotas, mas que faziam parte da minha vida e hoje faz falta. Não tenho mais aquela preocupação com problemas de matemática, hoje os problemas são maiores, bem maiores do que uma simples conta.

Tudo passou tão rápido e a tendência é essa, sempre passar depressa. Tempo para respirar? Tempo para pensar? Tempo para refletir? Tudo isso passou...não temos tempo, o tempo não para, a vida não para, o mundo não para e ninguém tem pena de você, cuidado que se estiver no caminho, todos passam por cima.

Os desenhos mudaram, as programações mudaram, as coisas evoluíram e isso vai ser sempre assim. A saudade só vai aumentar e a distância também. Aqueles que eram seus amigos de infância, que passavam todos os dias ao seu lado e que você jurava que seria assim até o fim, todos eles vão sumir por aí pelo mundo, são poucos os que ficam. Fato!

Tudo muda, tudo se transforma...a gente cresce e só se aborrece. Momentos de tristeza, solidão e indecisão são maiores e aquela alegria só de olhar para a cara do amiguinho, não vemos mais.

Isso é a vida, isso é a evolução, isso é nossa revolução interior, ou minha só, sei lá.

“Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão. Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão...”